quinta-feira, 26 de abril de 2012

mídia "marrom" precisa ser contida




A MÍDIA “MARROM” PRECISA SER CONTIDA
O que aconteceu no relato abaixo não é o livre exercício da imprensa, mas, simplesmente uma agressão torpe

O ator Wagner Moura foi vilipendiado nos seus direitos de cidadão em nome do exercício abusivo de uma atividade , que nem pode chamada de jornalismo e que agride e constrange as pessoas por ela abordadas. A banalização do riso por conta de cenas absurdas de agressão gratuita, como se fosse um trote, é uma atitude vil que precisa ser repudiada pela sociedade, ou pelo menos pela parte dela, que não é conivente com esta mixórdia degradante. Segue o texto da denúncia, contendo carta do próprio punho do ator agredido:

"Nunca serão! Ator Wagner Moura escreve carta de repúdio ao Programa Pânico

O ator Wagner Moura sofreu uma abordagem da equipe do “Pânico na TV!”, na época da RedeTV!, que passou dos limites. Na época o ator divulgou uma carta aberta em que o criticou o que chamou de “espetacularização da babaquice”. Veja o conteúdo da carta: "Quando estava saindo da cerimônia de entrega do prêmio APCA, há duas semanas em São Paulo, fui abordado por um rapaz meio abobalhado. 


Ele disse que me amava, chegou a me dar um beijo no rosto e pediu uma entrevista para seu programa de TV no interior. Mesmo estando com o táxi de porta aberta me esperando, achei que seria rude sair andando e negar a entrevista, que de alguma forma poderia ajudar o cara, sei lá, eu sou da época da gentileza, do muito obrigado e do por favor, acredito no ser humano e ainda sou canceriano e baiano, ou seja, um babaca total.


Confira a carta completa:

Ele me perguntou uma ou duas bobagens, e eu respondi, quando, de repente, apareceu outro apresentador do programa com a mão melecada de gel, passou na minha cabeça e ficou olhando para a câmera rindo. Foi tão surreal que no começo eu não acreditei, depois fui percebendo que estava fazendo parte de um programa de TV, desses que sacaneiam as pessoas. Na hora eu pensei, como qualquer homem que sofre uma agressão, em enfiar a porrada no garoto, mas imediatamente entendi que era isso mesmo que ele queria, e aí bateu uma profunda tristeza com a condição humana, e tudo que consegui foi suspirar algo tipo 'que coisa horrível' (o horror, o horror), virar as costas e entrar no carro. Mesmo assim fui perseguido por eles. Não satisfeito, o rapaz abriu a porta do táxi depois que eu entrei, eu tentei fechar de novo, e ele colocou a perna, uma coisa horrorosa, violenta mesmo. Tive vontade de dizer: cara, cê tá louco, me respeita, eu sou um pai de família! Mas fiquei quieto, tipo assalto, em que reagir é pior.
O táxi foi embora. No caminho, eu pensava no fundo do poço em que chegamos. Meu Deus, será que alguém realmente acha que jogar meleca nos outros é engraçado? Qual será o próximo passo? Tacar cocô nas pessoas? Atingir os incautos com pedaços de pau para o deleite sorridente do telespectador? Compartilho minha indignação porque sei que ela diz respeito a muitos; pessoas públicas ou anônimas, que não compactuam com esse circo de horrores que faz, por exemplo, com que uma emissora de TV passe o dia INTEIRO mostrando imagens da menina Isabella. Estamos nos bestializando, nos idiotizando. O que vai na cabeça de um sujeito que tem como profissão jogar meleca nos outros? É a espetacularização da babaquice. Amigos, a mediocridade é amiga da barbárie! E a coisa tá feia.
Digo isso com a consciência de quem nunca jogou o jogo bobo da celebridade. Não sou celebridade de nada, sou ator. Entendo que apareço na TV das pessoas e gosto quando alguém vem dizer que curte meu trabalho, assim como deve gostar o jornalista, o médico ou o carpinteiro que ouve um elogio. Gosto de ser conhecido pelo que faço, mas não suporto falta de educação. O preço da fama? Não engulo essa.
(...)
No dia seguinte, o rapaz do programa mandou um e-mail para o escritório que me agencia se desculpando por, segundo suas palavras, a "cagada" que havia feito. Isso naturalmente não o impediu de colocar a cagada no ar. Afinal de contas, vai dar mais audiência. E contra a audiência não há argumentos. Será?” 


Portal Ceará em Rede”

A mídia “marrom” faz rir aos incautos desinformados, que estão em casa e são abordados na passividade dos seus lares com programas grotescos de baixíssimo nivel. Que fique claro: SOU CONTRA QUALQUER TIPO DE CENSURA, mas, ações como esta devem ser objeto de investigação, apuração e punição no mais absoluto rigor da lei.

Em tempo: Como forma de se defender de processos judiciais, os componentes do programa denunciado, são todos “jornalistas” registrados, podendo assim, arguir atividade jornalistica ao perpetrarem tais agressões.

Casa Forte, 26 de abril de 2012
www.politicamenteatrevido.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário