segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

REFLEXÕES DE FIM DE ANO



REFLEXÕES DE FIM DE ANO

sobre o pragmatismo chinês

 
 
 


Em dezembro de 2011, observando os camelôs barulhentos, que se acotovelaram  nas calçadas da Avenida Conde da Boa Vista, verifiquei que toalhas e assemelhados, ali vendidas, eram todos de fabricação chinesa.

Na ocasião, causou impressão o uso de motivos ocidentais, tais como, folha de pinheiros do tipo “pinus elliot”, papai noel, paisagens de bosques e prados europeus e... pasmem, símbolos cristãos explícitos, representações do Sagrado Coração de Jesus e de Maria”. Tudo impresso em cores vivas e com relativa perfeição na arte de copiar os originais europeus.

Fiquei ruminando em meus pensamentos, o grau d pragmatismo de um estado oficialmente ateísta, que costumeiramente perseguiu os cristãos, desde a tomada do poder, em 1949, pelo líder Mao.

Todavia, minhas reflexões seriam ainda mais surpreendidas, quando, recentemente, ao verificar os detalhes da edição de uma Bíblia da Editora Ave Maria, percebi, que, embora todas as chancelas e referências estivessem em perfeita ordem, a impressão, também de muito boa qualidade, foi realizada em Nanquim, na China.

Em um instante de memória, lembrei que centenas de milhares de Bíblias foram queimadas e seus proprietários sumariamente executados, na chamada “Revolução Cultural”, o que não causa nenhum acanhamento aos senhores pragmáticos do estado chinês, que agora promovem a exportação massiva do mais sagrado livro dos cristãos, ávidos pelo volume dos lucros advindos destas vendas.

Ocorre-me, entretanto, que observando a História, veremos que ditaduras, sejam elas de que tipo for, não têm princípios e subsistem para a preservação, fortalecimento e expansão do próprio poder, apesar do resto do mundo.

Recife, 30 de dezembro de 2014
Marcelo Cavalcanti
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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

2014 (politicamente) JÁ COMEÇOU



2014 (POLITICAMENTE) JÁ COMEÇOU


O ano civil se inicia em primeiro de janeiro, porém, as marcas, os sinais do que virá, já são nitidamente perceptíveis.
A guinada teológica da Igreja terá maior ressonância no seu segundo ano, com a sedimentação do pontificado de Francisco. A continuidade das turbulências de uma “primavera árabe”, que já se mostra murcha e tangida pelos ventos secos saharianos, poderá trazer algumas novidades.
Todavia, no Brasil, as eleições darão espaço para mudanças e, talvez, algumas turbulências. Estes fatos, que são de interesse fundamental para o país, já se anunciam e a eles devemos estar atentos. Eles serão como uma convocação a todos.
O povo foi às ruas em junho pedir, reclamar mudanças. A hora da ação mais concreta tem data marcada: outubro de 2014.
A batalha de 2014 tende a ter seu clímax em outubro. Para ganhar, é essencial começar agora.
Recife, 26 de dezembro de 2013
Marcelo Cavalcanti
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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

2014 SERÁ UM TEMPO DE GRANDES BATALHAS



2014 SERÁ UM TEMPO DE GRANDES BATALHAS


Mesmo com todo otimismo gerado pelas declarações editadas e formatadas por marketeiros e assessores de comunicação que podam e redefinem frases de modos até estranhos, o ano próximo virá trazendo em seu bojo, um elenco de grandes batalhas políticas de toda a ordem.

Somos e gostamos de ser otimistas. Todavia, não é possível olvidar o que fermenta no quadro econômico e político nacional. Hoje, sendo Dia de Natal, não é simpático fazer esse tipo de consideração. As pessoas confundem as coisas. Tempo de Graça e de Indulgência, não significa tempo de alienação e esquecimento. Amanhã já é outro dia e os males em curso e seus autores não merecem indulto natalino. A paz anunciada se circunscreve aos homens de boa vontade.

Nossas vésperas de 2014 devem ser de vigília pelo país, pela democracia (constantemente ameaçada pela intolerância político-ideológica), pela economia violentamente dilapidada por uma gestão irresponsável, populista e demagógica.

Portanto, vamos saborear nossos pernis, nossas “fatias paridas”, nossos quitutes natalinos sem perder de vista que mesmo sob o impacto da febre de compras da época, foi mais que perceptível o "pequeno" declínio do movimento de consumo. Mesmo nos segmentos mais populares. 

A propósito de consumo e questões mais ou menos correlatas, ouvi recentemente um comentário sobre o caos de urbanidade se abate na cidade no tempo pré natalino, a seguinte história: um ex-governador e ex-prefeito do Recife, visitando Seul, uma capital erguida de um pós guerra muito sofrido, observou com a sensibilidade de quem foi prefeito duas vezes, que a paisagem era de absoluta limpeza e asseio. Perguntou, então, ao coreano que o acompanhava na visita, quantas vezes ao dia tinham que fazer a limpeza pública para obter tal resultado tão impressionante. A resposta foi rotunda: a limpeza e coleta de lixo na cidade tinha a periodicidade de 48 horas (!!!). E pensar que o prefeito Geraldo Júlio ordena a varrição e coleta de lixo nas ruas centrais da cidade, nos tempos mais festivos, até QUATRO vezes por dias e temos que conviver com a sujeira que escorre da má educação e falta de urbanidade dos nossos munícipes.

Voltando a questões menos vexatórias, o que se tem observado é que a afluência efervescente de consumo neste final de 2013 refluiu e tal fato, também, se refletiu em uma montanha de lixo e sujeira menor.

Bem, observações urbanas a parte, aguardar o novo ano civil deve ser um ato menos supersticioso e mais vigilante, civilmente vigilante.

Feliz e auspiciosas vésperas de 2014!

Recife, 25 de dezembro de 2013
Marcelo Cavalcanti
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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

fraternidade, harmonia, concórdia...



FRATERNIDADE, HARMONIA, CONCÓRDIA...
que a vontade Dele seja cumprida em nós. Amém

Não imaginava que esta frase repercutisse com tanto ânimo e vigor entre os amigos. Deste modo, faço questão de usa-la para felicitar os leitores deste blog.
Vamos consubstanciar o Natal em nossos corações.

Recife, 24 de dezembro de 2013
Marcelo Cavalcanti
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sábado, 21 de dezembro de 2013

A CIDADE LINDAMENTE ILUMINADA, porém...



UMA CIDADE LINDAMENTE ILUMINADA,
Mas, emporcalhada por má educação de seus consumidores


contraste paradoxal


De fato, a iluminação natalina está feérica e de bom gosto. O prefeito está de parabéns. Nossas pontes estão belas. A Rua da Aurora, a Av. Agamenom Magalhães, o Cais da Alfândega estão exibindo competência estética e harmônica como tempo natalino.
Todavia, quando olhamos para o chão, para as calçadas de nossas vias centrais e adjacentes, o eu se vê é um atestado de ausência de cidadania por parte do grande público consumidor. O que ocorre é que esta parcela da população cuida com zelo de sua própria casa e de sua calçada, porém, não vê nas artérias da cidade algo que, também, é seu, como um equipamento, que sendo público, faz com que cada cidadão seja responsável. Há uma alienação entre o indivíduo e o coletivo. Este sintoma é produto do acesso ao consumo (muito bom) sem o correspondente aporte de educação, que não deve ser confundido com a simples passagem pela escola em qualquer nível.
Educação com “E” maiúsculo vem do grupo social primário que socializa primordialmente o indivíduo, ou seja: família, vizinhos, amigos próximos da infância. Se esta convivência for uma falácia, em termos de civilidade, o futuro está comprometido.
Assim, não basta o cartão com limite de crédito alto, liberando aventuras consumistas. O grau de urbanidade em nossas avenidas, calçadas e mesmo corredores de shopping, depende do padrão de valores, dos princípios, das raízes culturais, éticas do povo que ocupa esses espaços.
O Recife, apesar de ter uma tradição de hábitos urbanos razoáveis, em comparação com outras metrópoles regionais, carece de um melhor padrão de comportamento público de seus munícipes.
Mesmo a prefeitura realizando três e até quatro coletas de lixo por dia e uma limpeza intensiva nas ruas centrais, nada substitui a boa educação de um povo.
A propósito, não me ocorre que cidades como Nova York, Paris, Tóquio, Berlim, que são megalópoles, tenham que gastar tanto tempo (proporcionalmente) com limpeza e higiene pública.
Que este final de tempo do advento seja motor de boas reflexões fraternais, de mais urbanidade e menos culto fanatizado ao consumismo.

Recife, 22 de dezembro de 2013
Marcelo Cavalcanti
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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

RÉQUIEM PARA REGINALDO ROSSI


REQUIEM PARA REGINALDO ROSSI
De “crooner” do “Silver Jets” à consagração nacional



O ano era 1965, domingo, pouco depois das duas da tarde, Rua Capitão Lima (que o povo chama, simplesmente, Rua do Lima), na calçada, para uma “Rural Willys” (daquelas de duas cores), da tampa traseira do carro, começam a sair equipamentos de som. Era pessoal do conjunto “Silver Jets”, que tinha como “crooner”, o jovem Reginaldo Rossi. Magro, esbelto, distribuindo atenções com as meninas. Ali, começava uma carreira, que sempre foi multifacetada; umbilicalmente ligada à alma e as emoções populares. Mesmo assim, fazendo o gosto de amplas camadas população, não se deixou limitar e pouco tempo depois com “A Raposa as Uvas” faz uma visita à história de Esopo, que é recontada no Século XIX por Jean de La Fontaine, mais que isso, destaca ícones do consumo da classe média da época, como o popular perfume “Lancaster”, o super-clássico “Chanel nº5” e a épica “lambreta”, que chegou a ser tema recorrente de filmes como “Rome Adventure” (no Brasil, com o nome de Candelabro Italiano).
Minha experiência com o sucesso de Rossi inclui a audição nos idos de 1972 e 1973 de seu “Mon amour, meu bem, ma femme”, onde a melodia chegava até meus ouvidos pelas ondas da Rádio Iracema, programa “discoteca do fã”, anunciado pelo radialista Djalmir Monteiro. Eram tempos de clandestinidade e saudades do Recife. Reginaldo Rossi sublinhava meu banzo, que suspirava num subúrbio de Fortaleza, os fundos de um depósito de fabriqueta de calçados, pegando carona no rádio dos vizinhos, tudo entremeado pelo “slogam”: “macarrão Fortaleza é pureza em sua mesa”.
A presença de Reginaldo Rossi na minha memória passa pela campanha eleitoral de Jarbas Vasconcelos a prefeito do Recife em 1985, onde o cantor se tornava um “showman” e se superava a cada comício, sendo inesquecível, o dos Coelhos, quando narrou fatos e emoções de sua infância para em seguida pedir votos para o, hoje, senador Jarbas.
Cantei diversas vezes, de plena voz e até em pensamento, algumas de suas canções, para falar e me inspirar no curso das melhores emoções.
Hoje, sou compelido a escrever esse necrológio. Ele era um legítimo ícone de nossa música mais popular. Com franqueza e autenticidade singulares, Reginaldo Rodrigues dos Santos Rossi, sai da vida, do cotidiano boêmio, no qual ele se incluía, assumidamente, e entra para a História da Cultura Pernambucana e Brasileira.
Recife, 20 de dezembro de 2013
Marcelo Cavalcanti

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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

CONTINUA O CAOS EM TERMINAIS DE INTEGRAÇÃO



CONTINUA O CAOS EM TERMINAIS DE INTEGRAÇÃO


Apesar das pequenas obras de melhoria, os terminais de integração da Região Metropolitana, continuam apresentando um clima caótico. Não se trata, apenas, de estrutura física adequada e bem dimensionada. Está faltando administração eficiente, está faltando segurança, limpeza, higiene. A população fica jogada aos desmandos de gerentes e supervisores ineptos e, mesmo, de simples agentes de ordenamento, que se furtam em manter uma ação eficaz, de fazer o trabalho deles, coibindo a desordem, que atordoa e prejudica os usuários.

O apelo que se faz é que o Consórcio Grande Recife, como administrador dos equipamentos em questão, articule junto aos órgãos públicos, um programa de ação, que uma polícia, companhias municipais de trânsito, APEVISA – Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária e outros.

O esforço deve ser múltiplo e continuado. Tais terminais clamam por um choque de administração.

Os terminais da Macaxeira, Joana Bezerra e Camaragibe vivem uma situação dramática, onde os funcionários das operadoras, na ausência de autoridade administrativa eficiente, fazem e desfazem da população.

Recife, 11 de novembro de 2013
Marcelo Cavalcanti
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