segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ECOLOGIA:MUITO BARULHO E POUCA COERÊNCIA

Nunca se falou tanto sobre o tema. As abordagens são as mais variadas que, desde o "greenpeace" que é radical e as vezes desvairado, mas, é coerente com seus propósitos, até o MST que vive desmatando, derrubando matas ciliares, construindo fornos clandestinos para fazer carvão vegetal, degradando a caatinga, avançando no cerrado e na amazônia e (pasmem!...) ainda se acha "ecológico". O interesse deles é outro e "quase" todo mundo já sabe. Porém, para consumo de massa, é bom criar imagem de "consciência ambiental" perante a opinião pública, portanto, nada como umas frases de efeito e algum jogo de cena, falando mal disso e daquilo.

No entanto, inúmeras são as "ongs" (cujas fontes de financiamento nem sempre são transparentes - existem até instituições de financiamento de políticas sociais que servem de fachada para que outras entidades se resguardem), que tratam do tema. Interessante, curioso que são exatamente nos países que mais destruíram seus biomas originais, que profliferam tais "ongs" ou suas fontes de financiamento. Hoje, tais nações, que são muito ricas, gastam bilhões para recuperar o que sobrou, como foi o caso do Rio Tâmisa e da bacia do Reno. Bem, agora, estabelecida a supremacia, deitam teses e sentenças sobre os outros continentes. Esquecem que provocaram fome e desgraças na Índia, quando trocaram o cultivo tradicional de cereais pela monocultura de algodão no século XIX; esquecem também que, ainda hoje, enviam centenas de navios sucateados para esmonte artesanal em Bengladesh, o que é nocivo ao equilíbrio ecológico na quela região de população miserável, uma das mais pobres do mundo. Tem mais, destruíram rios e vales, detonartam o subsolo escavando minas na África, forçaram populações a migrarem para centros urbanos por absoluta falta de opções de vida no "habitat" de origem, financiaram guerras interétnicas e depois de tudo buscam posar como paladinos da preservação ambiental, do humanismo ecolologicamente responsável, etc e tal.

Senhores, algumas pessoas têm memória. Nem todos são portadores de amnésia histórica. Também, senhores ecopaladinos, antes de fotografarem seus sorrisos de "bons moços" e falarem de reduções de 17 ou 18% nas emissões de carbono e simultâneamente insinuarem perfídia e leviandades sobre o programa de produção de álcool (a partir de cana-de-açúcar) brasileiro, lembrem-se que do lado ao norte do Rio Grande, cultiva-se um milho, subsidiado a peso de ouro, em campos há muito degradados, com baixo teor de hidrocarbonetos e uma produtividade incipiente, que somente se mantém às custas de grossos incentivos de toda ordem. desde crédito ostensivamente subsidiado até barreiras alfandegárias para que a monocultura de um milho pálido e quase sem gosto sobreviva.

Do lado cá, diante da ascensão de uma senadora e ex-ministra, especialista em amazônia e meio ambiente, bem como, sua possível postulação à sucessão de Sua Excelência ao Palácio do Planalto, o país assiste a uma corrida à temática ambiental com exibição de fartos índices numéricos, estatísticos e equivalentes para demonstrar uma suposta paixão pela causa ecológica. Só falta agora, determinadas autoridades da Républica, virem a público e imitarem um certo coronel caudilho, que chega ao microfone e numa expressão de vocação perdida de comediante de "stand up", declara que alguns minutos de banho são suficientes em nome dos interesses "bolivarianos". Comentários são desnecessários. apenas, as minhas desculpas aos humoristas de "stand up" pela comparação.

Quanto as nossas responsabilidades como cidadãos e como sociedade, é importante lembrar que o que realmente vai determinar um futuro melhor e digno para a humanidade será a seriedade e a competência com que tratamos nosso território, cada povo, cada nação, cada país, sem demagogia barata, sem subserviência a interesses mesquinhos, com clareza de intenções.

assim, que a Conferência de Copenhaguen seja prenúncio de que a festa natalina deste ano receberá como presente a boa vontade dos chefes de estado que lá estarão.

Casa Forte, 07/12/2009
Marcelo Cavalcanti
81-92482399 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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