quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MAIS UMA VEZ, OS VERSOS DE CARLOS PENA FILHO ME ASSALTAM NO MEIO DA AVENIDA

Foi anteontem. Andava apressado pela Av. Conde da Boa Vista, quando me lembrei das palavras do "Soneto Superficial Como Madame", um texto que exibe a aguda percepção psicossocial do pensamento de Carlos Pena.

O fim de ano, a chegada do festivo dezembro, desencadeiam nos espíritos um novo semblante de busca de uma afirmação pela a alegria colada no rosto, pelo consumo obsessivo, desvairado, tudo em nome do Natal. Mas... as vezes a cola que fixa a máscara na face, escorre de mal jeito. A cena é grotesca e desconfortável de ver. Então, poder-se-ia indagar porque comentar a impostura da "persona" com este tipo de imagem. Porém, não sou colunista social nem tampouco escritor de auto-ajuda. Apenas, faço provocações atrevidas e navego um pouco nos mares da alma humana.

Agora, voltando à reflexão inicial: será que essa euforia vai além de um surto "quase" alienado de valores humanísticos-cristãos?

Para não ser nem parecer dogmático; para não ser um estragador da alegria que rola no meio do povo, prefiro me reportar à superficialidade "de madame" nos versos perspicazes de Carlos Pena Filho.

Que o tempo do advento seja a anunciação das melhores alvíssaras e a consciência do mundo se mostre algo mais que uma frase de efeito.

Casa Forte, 02/12/2009
Marcelo Cavalcanti
81-92482399 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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