POSIÇÃO DE CIDADÃO REPUBLICANO, DEMOCRATA SEM APOSTOS IDEOLÓGICOS

Escrevo aqui para expressar o que eu penso e desejo para meu país. Nunca me agradou a idéia de ser um blogueiro panfletário, sujo ou, mesmo, deselegante no trato das questões da vida política, social e cultural brasileira ou, ainda (como diria o Ministro Marco Aurélio de Mello), faltar com a urbanidade com os meus concidadãos.

Estamos, no entanto, na reta final de uma decisão por sufrágio universal e livre dos rumos a serem tomados pelo país e quem irá presidir o centro do poder do Estado Brasileiro. Portanto é fundamental ir além dos discursos dramaticamente vociferantes, de olhares injetados, perdigotos ao ar, semblantes ríspidos e a baba luzidia, escorrendo na gravata. Esse dramalhão tão ao gosto de personagens históricos (muito populares entre os seus) como Mussolini, Hitler, Fidel Castro, etc., não cai bem e não esclarece nada. Apenas envolve de emoção grandes massas sedentas de uma identidade que lhes conforte e lhes dê o afago de alguma benesse. Essa é a fórmula populista básica. O resto é confeitado para dar sabor e colorido ao jogo de ilusões.

Não estou aqui para isso. Mas, para opinar a partir da minha consciência e de uma experiência de mais de quarenta anos de militância sempre ao lado da liberdade, da democracia e da república.

Assim sendo, declaro meu apoio e voto naquele que começou como líder estudantil de sucesso, Presidente da UNE (dos tempos de “AP – Ação Popular”, organização nascida da esquerda católica no início dos anos 60), que teve uma trajetória brilhante e sempre balizada pela referência das urnas, desse modo, exercendo muitos mandatos por delegação popular. Portanto, afirmo que o Brasil estará em muito boas mãos se, no dia 31, metade mais um dos votos válidos elegerem José Serra, Presidente da República Federativa do Brasil.

Casa Forte, 20/10/2010

Marcelo Cavalcanti

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