segunda-feira, 1 de novembro de 2010

BRASIL PÓS-ELEIÇÃO



- Só alcança o poder quem sabe ser oposição –


Ontem, nas primeiras frases do discurso noturno do ex-candidato /José Serra, ouviu-se esta jóia: ...”me apresento de coração leve e cabeça erguida”... Os quarenta e tantos milhões de brasileiros nele votaram (inclusive eu) não estavam e não estão interessados na leveza de alma do recém candidato defenestrado.

Aqueles milhões que se opõem à “Era-Lula” e sua suposta continuidade querem um discurso de ânimo, querem uma voz que ecoe com firmeza.

Uma candidatura que se acanha em ser oposição, que posa ao lado do seu adversário mais forte, que tira o chapéu e sorri para o inimigo. Esta oposição não está apta para o poder.

O anúncio, a proposição de um governo de união nacional é uma farsa. As forças de esquerda, encasteladas no governo, não estavam, como não estão, enfraquecidas.

Não havia, como não há, nenhum motivo para aderirem a um agrupamento político dispare como meio de partilha de um poder que eles já têm e provaram que podem manter sem apelar para derivativos. Todo este discurso foi vão, vazio.

Oposição viril é sinônimo de democracia saudável. Mas, para que se faça respeitar e encantar é necessário que se mostre como tal.

A inépcia da candidatura, ontem derrotada, construiu uma nova estrela no cenário nacional, que há um ano não tinha brilho algum.

Resta aprender que política não se faz apenas “de coração leve”...

Casa Forte, 01/11/2010

Marcelo Cavalcanti























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