quarta-feira, 3 de novembro de 2010

BRASIL PÓS-ELEIÇÃO - II


- Como ser oposição numa sociedade afluente

A tarefa não é fácil, mas, não é impossível. São muitos os exemplos de partidos que chegaram ao poder em meio à prosperidade de seus países. Todavia, esse é o caminho mais íngreme. Quando está hasteada a bandeira da confiança e até da euforia, como dizer: “eu me oponho’ e ser ouvido?

- Mostrando que pode ser melhor e apontando os erros com clareza, sem medo ou acanhamento.

Os rumos da Economia Brasileira, em 2011, ainda são incertos. O fantasma da inflação ameaça retornar se não houver mão firme e disposição para adotar remédios amargos. A guerra cambial já é um fato e o maior protagonista é a China, hoje, tratada como amiga preferencial pelo governo.

Espaço há. Agora, é necessário ter a ousadia de ocupar. O poder, uma vez alcançado, tem uma tendência a se tornar ilimitado. Sempre foi assim através da História. Mas, ele nunca é absoluto e aí está o vão a ser preenchido pelos que discordam, se opõem ou simplesmente se sentem deserdados e como tal se tornam dissidentes.

Nos próximos 150 dias o país estará assistindo o descortinar da “Era Pós-Lula”. A Nova Presidente gozará de indulgência durante este tempo. Todavia, ser republicano e democrata é, também, estar atento. Fazer política com competência e saber estar focado no centro do poder e ao mesmo tempo não esquecer as bordas, periferias e exclusões.

No Brasil que será comandado por aquela que um dia foi chamada (até por seus aliados) de “poste”, mas, que hoje é estrela no mesmo cenário, muito vai acontecer. O “leite derramado” já está secando. Vamos às lides políticas. Democracia não combina com unanimidade.

Casa Forte, 03/11/2010
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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