quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

JULIAN ASSANGE LIVRE



A liberdade de expressão é cláusula pétrea de qualquer democracia


A libertação, ainda que provisória, do australiano Julian Assange é afirmação de valores ocidentais contemporâneos, dos quais a Grã Bretanha tem tradição, apesar dos, ainda recentes problemas com a Irlanda.

Ao contrário, os Estados Unidos evoluíram de um sistema representativo, onde a preocupação principal sempre foi equilibrar a federação e garantir o modo de vida dos empreendedores nacionais.

Agora, o que interessa é garantir a integridade pessoal e a liberdade deste ousado que, sem base sociopolítica consistente, resolveu perturbar interesses de grandes potências e, em particular, abriu segredos, confidências diplomáticas dos Estados Unidos aos olhos do mundo. Tal atitude incomoda o Império. A iniciativa sueca de acusar o protagonista de “estupro” pela alegação de manter relações livremente consentidas sem o uso de preservativos é ridícula por mais que encontre amparo na lei sueca. Os iranianos apedrejam “legalmente” por adultério e ninguém, no mundo ocidental, aceita. É flagrante o oportunismo jurídico utilizado no intuito mal disfarçado de por as mãos em Assange.

Apoiar a liberdade para este politicamente atrevido é algo que está além da pessoa, do indivíduo em questão. Trata-se de uma bandeira fundamental de respeito à liberdade de expressão e de informação.

Não a arrogância das potências defenestradas.

A justiça britânica deve continuar evidenciando, de modo exemplar, que Londres não é Teerã, não é Pyongyang, Rangum, Havana, Pequim... Graças aos Céus!

Casa Forte, 16/12/2010
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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