quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O BRASIL VOLTA A TER EXPRESSÃO

(Mas, não há expectativa de alguém ser campeão)

Depois de termos um bicampeão e dois tricampeões na “fórmula 1”, o Brasil volta a ter três pilotos em escuderias de expressão. Felipe Massa é o segundo piloto da “Ferrari”, depois ter sido Vice Campeão em 2008. Rubens Barrichello que, também, já foi segundo piloto da “Ferrari”, Vice Campeão duas vezes, se equilibra em uma “Williams” cheia de dificuldades financeiras e agora Bruno Senna, sobrinho do lendário Airton, aos 27 anos, chega à “Renault-Lotus”, depois de uma temporada em 2010, recheiada de contratempos na apagada e claudicante “Hispania”.

Nosso jejum de campeões não tem horizontes para acabar. Já chegamos, em várias ocasiões, a ter quatro pilotos na categoria máxima do automobilismo, nos últimos tempos, mas, desde a morte precosse de Airton Senna, não temos candidatos consistentes à conquista de um campeonato mundial. A única exceção, foi o episódio de 2008, onde Massa perdeu a taça no final da última corrida. Porém, campeonato é assim mesmo. Quem não se lembra das disputas renhidas, duras e imprevisíveis entre Senna e Prost? E eles eram muito amigos fora das pistas. Tinham esportividade e “fair play”.

Pois é, para ser campeão não basta ser muito bom. Tem que ser o melhor dentro um time de melhores. Não se constroem campeões reclamando da sorte, dos azares, das durezas, das dificuldades. Os campeões são os que superam tudo isso.

Por outro lado, somos um mercado consumidor de automóveis dos maiores, em contínua expansão, inclusive, de carros esportivos. Tal fato, facilita potencialmente o acesso de pilotos nacionais à “fórmula 1”. Todavia, talvez por escassez de talentos nos restringimos a ver o brilhantismo “sênior”de Felipe Massa, a longeva carreira do quase quarentão Barrichello, que faz contas de número de “GPs” disputados, na impossibilidade de, sequer, disputar pontos em uma equipe, que apesar de tradicional, amarga tempos difíceis. E agora, chega ao “cock-pit” da “Renault-Lotus”, o sobrenome mais que ilustre: Senna (porém, com 27 anos...).

No entanto, não há perspectiva de termos pilotos competitivos com chances reais de conquista de campeonato. Torço ardorosamente para estar rematadamente enganado, contudo, sou compelido a me resignar, junto com milhões de brasileiros aficionados, e ficar ouvindo as justificativas ralas e risíveis de Galvão Bueno para os insucessos do super “sênior” Barrichello; as limitações da condição de coadjuvante de Massa na “Ferrari”, etc., etc.

Casa Forte, 25 de agosto de 2011
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627- cavalcantimarcelo1948@hotmail.com


“Post Scriptum”: Esta postagem é uma homenagem ao seguidor deste blog, João Manuel, jovem titular do blog “A Vida é Uma Loucura”. Ele diz que eu falo de política, política e às vezes de “fórmula 1”. Bem, aqui está um pouco do que penso sobre o único esporte que me mobiliza de fato. Porém, como não tenho espírito de torcedor passional, prefiro analisar, buscar razões econômicas, financeiras, tecnológicas e interesses de mercado. O chato, é que tudo isso nos favorece e nunca antes se praticou tanto automobilismo no Brasil. Há que se desentocar novos talentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário