quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

“CHING LING” NÉ...?

O Natal cada vez mais com sotaque mandarim


Importados por via direta, ou, pela famosa rota paraguaia, uma imensa variedade de penduricalhos, adereços, brinquedos, ornamentos, tecidos, calçados, telefones, eletros múltiplos, bicicletas, motos, carros, etc. enxameiam tabuleiros nas calçadas, nas prateleiras das lojas, no “showroom” das concessionárias.

A qualidade dessas mercadorias é muito discutível e, frequentemente, são contrabandeadas, mas, no “rush” das compras feitas em ritmo apressado, as certificações de procedência e qualidade são esquecidas.

“Jingle Bells” executado em toques polifônicos divide o campo sonoro com música gospel, buzinas, gritos, pregões, sirenes. Somente comida não corre o risco de ser de origem chinesa. Eles importam boa parte do que comem. Já destruíram quase todo bioma do “Yang Tse” e têm uma superfície agriculturável reduzida e de baixa produtividade. Os comissários chineses repetem em escala maior a atitude histórica de seus colegas, camaradas soviéticos, que transformaram o (hoje, extinto) Mar de Aral em areião, lama e uma poça residual.

Bem, voltemos a alegria suada, à luminosidade verânica de nossas ruas, ao frenesi de nossas lojas, à avidez cobiçosa dos corredores dos “shoppings”. Apesar do sotaque e das marcas “shing ling”, dos pequenos “frankesteins” sino-paraguaios do comércio popular, ainda bem, que temos Natal.

Saudades dos tempos em que o “kitch” se fazia “fashion” na frase:”Marry Christmas”!

Casa Forte, 15 de dezembro de 2011
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 – cavalcantimarcelo1948@hotmail.com
Um blog pela liberdade e pela democracia em busca do espírito natalino.

“Post Scriptum”: Outro dia, alguém especulava: “se um dia a China invadir o Brasil...” O exercício especulativo, assim devaneiado, inscreve-se no campo do pouco provável. A tradição histórica do “Império do Meio” é de audácia comercial e ambição continental. É a sua vocação geopolítica. Além disto, eles estão cercados de adversários (alguns rancorosos) militarmente poderosos: russos, ucranianos, indianos e não subestimem os japoneses que estão sob o guarda chuva atômico americano. Todavia, é livre delirar. Para aqueles que jogam com a crise financeira, fica o lembrete: depois do “crack” de 1929, quatorze anos após, os Estados Unidos assumiram o posto de primeira potência com grande vitória mundial. E Mao, dizia que eles ( os americanos) eram um “tigre de papel”. Mao morreu faz tempo. O tigre está aí, passeando no Afeganistão, com bases na Coréia do Sul. Haja papel.













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