quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A EUFORIA FALA MANDARIM

A INDÚSTRIA CRESCE QUASE ZERO
E O PAÍS NUNCA FOI TÃO NEOLIBERAL


Com a economia ancorada numa forte exportação de “comodities “, secundada pela produção agropecuária, o PIB do terceiro trimestre desce ao patamar de 0,38%. A indústria nacional encolhe e já se fala abertamente em desindustrialização.

O mercado interno alimenta o calor da economia pela via de renúncias fiscais, programas de assistência social e transferência de renda, facilitação em escala ousadíssima de crédito, principalmente, imobiliário e de bens de consumo. No entanto, o país não pode viver permanentemente de si mesmo, em regime de indulgência tributária – o que, aliás, é pra lá de neoliberal (quem diria!...) – sob pena de praticar autofagia.

Enquanto, o mundo vive as turbulências da crise da “Zona do Euro”, os americanos se recuperam vagarosamente, os chineses reduzem o ritmo de crescimento e o resto do mundo estremece diante de nuvens cinzentas.

Mesmo assim, o povo vai às ruas, quero dizer, às compras, alheio às vicissitudes que podem suceder a esta febre natalina. Produtos de um real até automóveis de mais de quarenta mil reais chegam da, outrora, “terra dos mandarins” e entopem as lojas, as casas, as ruas. O brilho narcotizante destes “gadgets” contagia as massas ávidas de consumo, que se acotovelam nas calçadas de nossas avenidas e congestionam os corredores dos “shoppings”.

Até quando postergaremos medidas afirmativamente eficazes, que estruturem nossa economia para os tempos que vêm por aí? Jogar com o mercado, subtraindo receita fiscal e escancarando crédito ao consumidor é para lá de depois de temerário. E pensar que essa gente demonizava o neoliberalismo...


Casa Forte 15 de dezembro de 2011
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 – cavalcantimarcelo1948@hotmail.com
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
Um blog pela liberdade e pela democracia, observando o tempo do advento.

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