terça-feira, 13 de março de 2012

PARAR O MASSACRE AUTORIZADO




Parar o massacre autorizado

Diante da persistência em usar a truculência de modo aberto, acintoso e descarado por parte da ditadura de Bashar al Assad, que recebeu o cetro de governo pela via hereditária, de seu pai, Hafez al Assad, criando uma dinastia com 41 anos de poder, urge que as nações, os cidadãos de todo o mundo, comprometidos com a humanidade e com a paz, se mobilizem para que seja dado um basta a esta matança covarde de civis, estes bombardeios de residências, quando se pratica um quase genocídio dos alauítas, curdos cristãos, etc., que se opõem e se levantam contra a autocracia ilegítima de Assad, que nasceu de um golpe de estado cahamado de “revolução” por um partido Baath (houve vários no mundo árabe), de tendência supostamente esquerdista.

Várias foram as iniciativas, que têm encontrado resistência na Rússia e na China. As razões são parcialmente comerciais e fundamentalmente geopolíticas. Afinal, a Síria tem um PIB chinfrim de 107 bilhões de dólares; importações de aproximadamente 13,6 bilhões de dólares, dos quais, a China se inscreve com cerca de 10% e a Rússia com 5%, sendo as importações do Brasil, de percentual irrelevante. Portanto, as motivações econômicas não seriam impecilho maior.

Todavia, levanta-se também a atenção para o governo brasileiro, que tem sido omisso nesta questão, cedendo às pressões ideológicas de uma esquerda tacanha, reacionária e míope, que não consegue ver (ainda hoje) um palmo adiante do maniqueísmo ultrapassado, “retrô”, dos tempos da “guerra fria”.

Assim, aqui assinalamos carta de quase cinquenta ex-dirigentes políticos, ganhadores do Nobel da Paz e intelectuais ao conselho de Segurança da ONU para “retirarem a licença para matar” do presidente-ditador sírio Assad. Entre os 47 signatários está o nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o intelectual italiano Umberto Eco.

As divisões entre a comunidade internacional proporcionaram ao governo Assad uma licença para matar. Esta licença deve ser retirada.” Assim, afirma um trecho da carta. E mais adiante: “Pedimos ao governo russo que se una aos esforços coletivos para por fim rapidamente ao conflito e restaurar a paz e a estabilidade na Síria e na região que a rodeia”... acrescenta o documento.

Conclui-se portanto, que é inadiável a retirada deste déspota fraticida do poder de matar, de enviar tanques para atropelar bairros e cidades, esmagando, indistintamente, milhares de civis, idosos, mulheres e crianças em uma atitude genocida implacável com as minorias étnicas rebeladas.

Casa Forte, 14 de março de 2012
Marcelo Cavalcanti
www.politicamenteatrevido.blogspot.com

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