OPOSITORES, DESCONTENTES, CRÍTICOS, DISSIDENTES E ATÉ
ALTERNATIVOS ENSARILHAM ARMAS
Pois é, ainda estamos em
fevereiro de 2013, porém, os ânimos crescem. Não é preciso ser Cassandra para
prever que o desmonte da Petrobrás, o esmagamento da CHESF, o achaque violento
sobre o porto de Suape, a ineficiência da política de indução ao consumo, a
queda substancial do volume de investimentos, a volta da inflação alta, a estagnação
da economia, o sucateamento da indústria nacional, tudo isso empurra para a
desagregação da coalizão, que bem ou mal, dá sustentação política ao governo.
Em uma democracia europeia,
muito menos que isso derrubaria o governo e levaria a uma alternância de
poder, com novas composições partidárias, etc. O que muda no Brasil é que no
substrato da base governista há um
adesivo sócio político de viez populista.
Todavia, programas sociais de
transferência de renda e incentivos pesados de consumo via renúncia fiscal e
liberação de crédito são impotentes para alavancar a economia a médio prazo, e
assim, a crise ameaça bater nas portas dos brasileiros . Com crise, o resgate
social do início do século ancorado em uma política de estabilidade econômica
se esfarela .
Bem, como diria o provérbio popular
: ”quando a fome bate à porta, o amor sai pela janela”... Trocando em miúdos,
mesmo que não chegue a faltar pão na mesa dos emergentes, a desesperança e a redução de expectativas já põe os pés na soleira da porta dos recém incluídos no mercado. Sem
eles, a maioria eleitoral relativa que tem dado vitórias ao petismo
arquipopulista, simplesmente vira pó.
E aí, opositores, descontentes,
críticos, dissidentes, e até, alternativos programáticos começam a ensarilhar
armas. Por enquanto, a batalha nem começou...
Recife, 22 de fevereiro de 2013
(Décimo dia da quaresma, tempo de reflexão que anseia pela páscoa)
Marcelo Cavalcanti
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