sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Ensarilham armas


OPOSITORES, DESCONTENTES, CRÍTICOS, DISSIDENTES E ATÉ ALTERNATIVOS ENSARILHAM ARMAS

Pois é, ainda estamos em fevereiro de 2013, porém, os ânimos crescem. Não é preciso ser Cassandra para prever que o desmonte da Petrobrás, o esmagamento da CHESF, o achaque violento sobre o porto de Suape, a ineficiência da política de indução ao consumo, a queda substancial do volume de investimentos, a volta da inflação alta, a estagnação da economia, o sucateamento da indústria nacional, tudo isso empurra para a desagregação da coalizão, que bem ou mal, dá sustentação política ao governo.

Em uma democracia  europeia,  muito menos que isso derrubaria o governo e levaria a uma alternância de poder, com novas composições partidárias, etc. O que muda no Brasil é que no substrato  da base governista há um adesivo sócio político de viez populista.

Todavia, programas sociais de transferência de renda e incentivos pesados de consumo via renúncia fiscal e liberação de crédito são impotentes para alavancar a economia a médio prazo, e assim, a crise ameaça bater nas portas dos brasileiros . Com crise, o resgate social do início do século ancorado em uma política de estabilidade econômica se esfarela .

Bem, como diria o provérbio popular : ”quando a fome bate à porta, o amor sai pela janela”... Trocando em miúdos, mesmo que não chegue a faltar pão na mesa dos emergentes, a desesperança  e a redução de expectativas  já põe os pés na soleira  da porta dos recém incluídos no mercado. Sem eles, a maioria eleitoral relativa que tem dado vitórias ao petismo arquipopulista, simplesmente vira pó.

E aí, opositores, descontentes, críticos, dissidentes, e até, alternativos programáticos começam a ensarilhar armas. Por enquanto, a batalha nem começou...

Recife, 22 de fevereiro de 2013

(Décimo dia da quaresma, tempo de reflexão  que anseia pela páscoa)

Marcelo Cavalcanti

Nenhum comentário:

Postar um comentário