VIOLÊNCIA OPORTUNISTA:
ASSALTOS E AGRESSÕES EM BOA VIAGEM
Não
é novidade o aproveitamento de circunstâncias, supostamente favoráveis para a
realização de ataques, agressões, assaltos, sequestros–relâmpago, furtos e
outros delitos. Existe uma frase popular que afirma que “a oportunidade faz o
ladrão”.
A
Referência é quase simplista, mas, deixando de lado o jeito direto da linguagem
popular, o fato é que o bairro de Boa Viagem tem uma história, que já se faz
repleta de incidentes criminais de rua. Todavia, os fatos que chamam a atenção,
são de causa recente e decorrem de mudanças no traçado urbanístico da
localidade.
As
ruas Aderval Chaves, e Ana Camelo da Silva , recentemente,
passaram a compor um binário. A mudança foi motivada por necessidades de maior
fluidez de trânsito e não está em questão. Ocorre que esta alteração tornou os
moradores da Rua Ana Camelo da Silva e seus transeuntes expostos à sanha
criminosa na forma de emboscada.
De
fato, foram abertas trilhas dentro de um complexo de bosque e mangue que existe
próximo, em uma área de preservação pertencente à União e sob custódia da
Marinha, que são usadas como rotas de ataque e fuga de marginais.
Com
este caminho de acesso, de difícil abordagem policial, criou-se um meio
propício ao estabelecimento de uma prática criminosa agressiva e sistemática. A
área de preservação não é cuidada pela União, a qual pertence, nem,
especialmente, pela Marinha, que tem a custódia. Trata-se, portanto, de espaço
público devoluto, frequentemente invadido, entregue diuturnamente ao uso de
ladrões e salteadores, vagabundos, drogados e traficantes, um amplo espectro da
fauna do submundo, que vem de ocupações próximas e usa o grande “baldio” para
suas atividades.
Para
sanar esta situação, que é endêmica em toda a região, a população das ruas
afetadas vem se levantando em clamor por uma solução de segurança pública que
devolva a paz e a tranquilidade do local.
Tal
reclamo tem um indicativo: policiamento ostensivo, preventivo e permanente, uma
vez que não existem horas preferenciais e basta que seja percebida a ausência
de efetivo policial para que as ocorrências retornem de maneira atrevida, com
invasões de garagens de condomínios, expulsão de senhoras e crianças dos
próprios automóveis para melhor efetuarem os roubos e outras formas ousadas de
agressão, inclusive, aterrorizando os funcionários dos condomínios ali
localizados.
Os
moradores de Boa viagem pagam impostos muito altos e merecem ser olhados, no
mínimo, com isonomia pelo poder público. As ruas citadas, onde os cidadãos são
vitimas dos roubos e agressões, carecem do olhar protetor do estado.
Parafraseando os versos de Tony Beloto no rock consagrado, que se ofereça
“polícia para quem precisa de polícia”.
Recife,
27 de fevereiro de 2013 Marcelo Cavalcanti
(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
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