AS
AMEAÇAS DO FIM DE UM PONTIFICADO
E
A PERMANÊNCIA
DA IGREJA
A renúncia do Papa Bento XVI
traz, além das especulações naturais, o aproveitamento da circunstância para a
ocorrência de pressões, jogos de intrigas e, até mesmo, ataques políticos, ideológicos
e morais.
Alguns segmentos, ainda que,
não sendo católicos, se sentem desconfortáveis
com a ação doutrinária da Igreja Católica e usam o momento de transição
para golpear os flancos do dogma, pressionar para enfraquecer a estrutura
eclesial.
Muito dos movimentos críticos,
que buscam por em xeque a Igreja, são eivados de um espírito neocalvinista, ou
mesmo, de uma suposta “tendência luteranista” de descentralizar e diluir o
poder clerical, dessacralizando-o. De fato, o luteranismo ideológico que tenta
dissolver a figura do Sumo Pontífice e, de modo semelhante, uma forma de
racionalismo neocalvinista (repito) com tinturas moralizantes que fazem cabo-de-
força para solapar o peso, a força moral da Igreja Católica Romana.
Tudo isto é alimentado pelos
frequentes escândalos sexistas e até criminais, assim como , as intrigas meandrosas de uma súcia de
plutocratas que se alojam nos desvãos dos corredores palacianos do Vaticano.
Neste momento, quando se consubstancia
a renúncia histórica, é necessário que
os cristãos católicos se unam na manutenção da fé e na defesa da Igreja.
Vamos avante, com espírito de
contrição, olhando para o alto. Somos a Igreja. Os portais malignos não
prevalecerão contra ela. Diante deste momento delicado, peçamos para que “Maria
passe na frente”.
O legado de ousadia e desprendimento de Bento XVI fortelecerá a
Igreja e ajudará no caminho de sua verdadeira renovação. Séculos atrás, quando
a reforma protestante se alastrou por todo norte da Europa, a reação de Roma
foi tonificante. A renúncia papal, anunciada no limiar da quaresma e hoje
concretizada, leva a fé católica a instantes de profunda reflexão.
Todavia, insisto que não
devemos e não podemos nos deixar enlaçar e enredar nas malhas da cizânia. O
apóstolo São Paulo já ensinava que a Igreja é a noiva de Cristo. Assim, é
essencial para nós católicos , preservar as virtudes consagradas. Observar o “canom”
inspirado. Afinal, como sentencia nosso “Credo”: ... "Credo in Spiritum Sanctum, sanctam Ecclesiam catholicam”...
Recife,
28 de fevereiro de 2013
Marcelo
Cavalcanti
(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
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