quinta-feira, 14 de março de 2013

DISSIDÊNCIA ASSOMBRA DECLÍNIO DE ERA PETISTA


DISSIDÊNCIA BEM MODELADA ASSOMBRA O DECLÍNIO DA ERA PETISTA

 

O governador Eduardo Campos mostra-se um dissidente moderado, porém, firme em seus propósitos.

 
Ao tomar posição dura em relação à MP 595 - a MP do Portos, ao propor uma negociação hábil  e quase salomônica sobre a repartição dos royalties, chama para si uma postura nacional, começa a mostrar sua disposição de se envolver, com seriedade, no debate dos temas nacionais.
De fato, em uma arrancada célere o governador de Pernambuco mostra que teve boa escola e um excelente mestre, que foi seu avô materno. Na verdade, sua genética depõe muito bem, pois sua família paterna tem um reconhecido talento literário  e no campo das humanidades. Às vezes, quando via a imagem de Eduardo colada na do ex-presidente Luiz Inácio e, por aderência, também aproximada  a figuras de biografia pouco edificante, confesso que ficava intrigado.
Não sou próximo do Governador Eduardo Campos e só votei no seu avô uma vez, em 1986, todavia, tenho conhecimento suficiente para afirmar os comentários aqui descritos.
Portanto, diante da crise se anuncia e diante da leal oferta de ajuda na governabilidade em 2013, vejo uma atitude de grandeza política por parte de Eduardo.
Tudo isto irá se refletir numa eventual (quase certa) campanha presidencial que o coloque em campo separado daquele da atual presidente.
Governar é mais que fazer uso de canetadas e passar sermões nos subordinados; governar é mais que seguir cartilhas ideológicas e dar ouvidos a teóricos insensatos. De tais vícios o governador Eduardo Campos não padece. Mesmo sendo oriundo de uma família marcadamente de esquerda, sempre buscou o caminho da política ampla.
Não sou, necessariamente, um admirador incondicional de seus programas políticos e econômicos, mas, reconheço que sua argúcia e capacidade de trabalho vêm dando certo como elementos de eficiência administrativa.
Agora, coloca-se em campo, de maneira temporã uma pré campanha sucessória nacional , que poderá incendiar o debate de modo prematuro.
 
Nestas circunstâncias, Eduardo Campos não poderia se furtar, sob pena de perder o instante precioso.
Ante as margens do rubicão, não se pode hesitar. O capitólio em Roma espera pelos que ousam vencer.
Recife, 14 de março de 2013
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com

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