ELE FAZ HOJE COMO TANCREDO EM 84 (...?) QUASE,
AS CIRCUNSTÂNCIAS SÃO OUTRAS, MAS, TÊM SUAS SEMELHANÇAS
O governador Eduardo Campos vem
se articulando de modo calmo, constante e eficiente. Busca aliados nas hostes mais
diversas e principalmente, entre os dissidentes do mais forte adversário.
Trata-se de uma estratégia de
acúmulo de forças semelhante aquela usada em 1984 pelo falecido Tancredo Neves.
Naquela época, não seria possível pensar em vitória no colégio eleitoral sem o
apoio de dissidentes do partido de apoio do regime militar, então, desgastado e
quase moribundo. No caso atual, observa-se que a base governista, do ponto de
vista formal, é imbatível. O PT é de longe
o maior partido político organizado no país. Porém, muitos e muitos são
os insatisfeitos. O gigantismo de uma base política sempre leva a rupturas. É
natural.
Agora, depende da capacidade
das forças que se levantam para suceder no poder, o empenho e competência em
arregimentar forças mais amplas e fazer do ato de dissidência uma adesão ao
futuro. A insurgência não se dá apenas pelo fragor emocional, embora, ele seja
necessário para insuflar ânimo e voluntarismo.
Portanto, fazer encontros com os
mais diversos partidos é bom; com forças insatisfeitas de outros partidos
também. Aprofundar fissuras dentro do chamado “campo ideológico” das forças
governistas (será que existe isso?), melhor ainda.
O governador Eduardo Campos tem
uma vantagem incontestável: tem raiz de esquerda, é neto de um herói da
democracia, tem pertinácia e muita obstinação em seus propósitos e
acrescente-se, tem bom carisma político.
Tudo isto, mais uma conjuntura
favorável poderá ser o que ele precisa para decolar.
Por enquanto, ele faz como
Tancredo Neves, ascendente de um outro concorrente, busca apoio e compromissos
com cautela e inspirando confiança aos
seus interlocutores.Allez Governador! Pernambuco aguarda ansioso a devolução de Suape, pelo menos...
Recife, 22 de março de 2013
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
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