OS
JOVENS VÃO ÀS RUAS PARA QUE HAJA FUTURO
Os jovens vão às ruas porque se
sentem órfãos do estado, como também, muitos já se sentem órfãos de uma família
viva.
A nova geração da classe média
está se sentindo enjeitada pelas ações do estado. Esta camada social quer sua
fatia no espólio socioeconômico, que privilegia segmentos considerados mais
importantes para a governabilidade desta coalizão de heterogêneos,
frequentemente, conflitante, com prevalência de agrupamentos, que se acham
alinhados à esquerda tradicional, que como tal, se alinham no cenário
internacional, o que produz equívocos e prejuízos inumeráveis.
Esta nova classe média não tem
afinidades ideológicas com os modelos socializantes do século passado. Ela
quer, repito, seu lugar devido na sociedade com o patrocínio do estado, nos
marcos do regime legal. E para isto, rejeita as manobras do tipo “PEC – 37”;
quer transparência nas contas públicas, e ainda, busca ter em seu país, de um
estado minimamente confiável.
Sinceramente, não é pedir
muito. O problema é que ao ser urdido o plano de poder contínuo, dos petistas e
seus aliados, esqueceram que havia uma classe média de 102 milhões de cidadãos,
que não foi comprada por nenhum programa de transferência de renda e tem uma
conta pra cobrar.
A fatura está nas ruas, nos
cartazes, está na mesa do país. É hora de começar a pagar.
Em
tempo: Estes jovens vivem, também, uma orfandade cosmológica e
histórica. Não têm vínculos com os “anos 60”, nem com a “Woodstock generation”.
Se houvesse algum “link” seria com as idéias de Althusser, mas, eles nem
conhecem e não acreditam em eventuais comunistas. A roda da História já
sucateou os “PCs”, que agora foram lançados na mais completa obsolência.
Todavia, nossos jovens sentem a lacuna da orfandade filosófica. Parece
conceitual, mas, é palpável, visível nos cartazes e na ansiedade dos semblantes
belos, refletindo verde e amarelo.
Recife,
24 de junho de 2013
Marcelo
Cavalcanti
(81)93195627
www.políticamenteatrevido.blogspot.com
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