Vamos
pra rua de novo!
A resposta dada pelo governo. Foi
como se falassem uma outra língua. O povo pediu melhores serviços de saúde,
educação, transportes, segurança, além de combate à corrupção, transparência
administrativa, um leque amplo para onde deveriam ser canalizados os impostos,
o dinheiro do Tesouro da União, nosso dinheiro.
O governo se fez de surdo, ou,
de desentendido. Respondeu propondo constituinte, plebiscito, importação de
médicos (em um primeiro momento, de Cuba!... – o famigerado “bolsa revolução”)
e outras idéias, propositalmente, abstratas para desviar a atenção da população
dos problemas reais, da discussão das bandeiras erguidas e gritadas nas praças
e avenidas do país.
Muito já se falou deste
imbróglio errático provocado pelas declarações da Presidente da República e
seus ministros, que evidenciam o desnorteamento de um governo que se inspira em
elucubrações de marketeiro e reações de fundo ideológico controverso. Agora, não
nos percamos neste rumo. A inflação continua alta (principalmente para os mais
pobres), o crescimento do PIB é pífio, o nível de investimento é baixíssimo,
enquanto o BNDES tem uma verdadeira carteira de financiamento no exterior,
emprestando dinheiro a fundo perdido, com juros irrisórios a países como Cuba,
Angola, Guiné Equatorial, que têm governos totalitários com afinidades
políticas e ideológicas com a cúpula encastelada no Planalto.
Diante de tudo isto e muito
mais, vamos voltar às ruas. O Brasil é uma democracia com vinte e cinco anos de
vigência da atual Constituição, que é considerada uma das mais avençadas do
mundo. Quem é esta Excelência que tenta, numa manobra casuística, meter a mão
na Constituição Brasileira? Constituinte é um instituto usado quando há ruptura
de regime político. Eles queriam se aproveitar da mobilização do povo indignado
com seus “malfeitos” (deles) para fazer a manobra chamada de “fuga para frente”,
dar o pulo do gato e tentar golpear o estado em seu mais importante ordenamento
legal, a constituição. Para tanto, a historinha de plebiscito é apenas uma
tapeação de aparência simpática, onde se aposta na manobra de massas ideologizadas
e cabestradas pelas “bolsas”, programas populares de transferência de renda.
Diante desta desfaçatez, vamos
para rua sim. Acabou a paciência com o cinismo de quem finge não ouve o grito
popular, ou, faz de conta que não é responsável pelos últimos dez anos de
desgoverno e armações para “aparelhar” o estado como monopólio de um grupo
político.
Recife,
10 de julho de 2013
Marcelo
Cavalcanti(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
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