quarta-feira, 10 de julho de 2013

VAMOS PRA RUA DE NOVO


Vamos pra rua de novo!

A resposta dada pelo governo. Foi como se falassem uma outra língua. O povo pediu melhores serviços de saúde, educação, transportes, segurança, além de combate à corrupção, transparência administrativa, um leque amplo para onde deveriam ser canalizados os impostos, o dinheiro do Tesouro da União, nosso dinheiro.

O governo se fez de surdo, ou, de desentendido. Respondeu propondo constituinte, plebiscito, importação de médicos (em um primeiro momento, de Cuba!... – o famigerado “bolsa revolução”) e outras idéias, propositalmente, abstratas para desviar a atenção da população dos problemas reais, da discussão das bandeiras erguidas e gritadas nas praças e avenidas do país.

Muito já se falou deste imbróglio errático provocado pelas declarações da Presidente da República e seus ministros, que evidenciam o desnorteamento de um governo que se inspira em elucubrações de marketeiro e reações de fundo ideológico controverso. Agora, não nos percamos neste rumo. A inflação continua alta (principalmente para os mais pobres), o crescimento do PIB é pífio, o nível de investimento é baixíssimo, enquanto o BNDES tem uma verdadeira carteira de financiamento no exterior, emprestando dinheiro a fundo perdido, com juros irrisórios a países como Cuba, Angola, Guiné Equatorial, que têm governos totalitários com afinidades políticas e ideológicas com a cúpula encastelada no Planalto.

Diante de tudo isto e muito mais, vamos voltar às ruas. O Brasil é uma democracia com vinte e cinco anos de vigência da atual Constituição, que é considerada uma das mais avençadas do mundo. Quem é esta Excelência que tenta, numa manobra casuística, meter a mão na Constituição Brasileira? Constituinte é um instituto usado quando há ruptura de regime político. Eles queriam se aproveitar da mobilização do povo indignado com seus “malfeitos” (deles) para fazer a manobra chamada de “fuga para frente”, dar o pulo do gato e tentar golpear o estado em seu mais importante ordenamento legal, a constituição. Para tanto, a historinha de plebiscito é apenas uma tapeação de aparência simpática, onde se aposta na manobra de massas ideologizadas e cabestradas pelas “bolsas”, programas populares de transferência de renda.

Diante desta desfaçatez, vamos para rua sim. Acabou a paciência com o cinismo de quem finge não ouve o grito popular, ou, faz de conta que não é responsável pelos últimos dez anos de desgoverno e armações para “aparelhar” o estado como monopólio de um grupo político.

Recife, 10 de julho de 2013
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário