TRÊS MILHÕES E DUZENTOS MIL PEREGRINOS
NA MISSA DE ENVIO,
A APOTEOSE DA JMJ
Sim, foi tudo grandioso, foi a
segunda maior “Jornada Mundial das Juventude” já realizada, Reuniu pessoas de
180 países. Essa dimensão, no entanto, cresce ainda mais pelo carisma de Sua
Santidade.
De fato, o Rio de Janeiro foi
palco da exuberante simplicidade do Papa Francisco. Ele aproveitou para afirmar
sua disposição reformista, porém, sensata. Foi ecumênico sem desconsiderar os
interesses da Igreja. Foi amoroso sem descuidar da admoestação àqueles que
fraquejam nas virtudes apostólicas e sem qualquer tibieza na crítica aos erros
cometidos no seio da vida eclesial.
Não ficou nisso. Declarou
enfático que os jovens têm dentro de si a força vital, indômita da saudável
rebeldia. Foi avante, ousou e não se
desgarrou dos valores católicos. Beijou
contrito a imagem de Nossa Senhora Aparecida e, pouco tempo depois, rezou a
oração do “Pai Nosso” em uma pequena igreja da “Assembleia de Deus”, ao lado de
dois pastores e dos fiéis.
O país ainda vive a emoção da
presença recente Francisco. Mesmo em cidades geograficamente distantes como
Recife a ressonância dos eventos da “28ª Jornada Mundial da Juventude” é
palpável.
A juventude que foi até lá, ou
que acompanhou virtualmente as missas, a “via sacra”, a vigília nunca mais será
a mesma. Um megaevento desta dimensão, com o conteúdo pujante e renovador, toca
sentimentos e catalisa atitudes. Não há como abafar ou esconder o que começou a
acontecer: a Igreja Católica e, por extensão, o cristianismo começa a se
revitalizar.
O papa, que não fica dentro de “uma
caixa de vidro”, não teme ser polêmico e também, recusou a oficialização de sua
presença como chefe de estado no Brasil. Ele veio como evangelista, como líder e
a Cúria, bem orientada, disse não a
propostas de acordos com rótulos de
políticas social feitas pelo governo brasileiro, que foi tratado com respeitosa
distância.
E finalmente, quero expressar
minha alegria pela revelação feita por Francisco de que é devoto de Sainte
Thérèse de Lizieux. É de muito bom augúrio. Temos um papa que é jesuíta de
formação, franciscano por opção onomástica e admirador de uma santa carmelita
jovem (morreu aos 24 anos), que pregava o primado do amor.
Resta desejar um longo e
profícuo pontificado a Francisco. O mundo precisa de sua palavra e de sua
atitude.
Recife,
30 de julho de 2013
Marcelo
Cavalcanti
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
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