terça-feira, 30 de julho de 2013

TRÊS MILHÕES E DUZENTOS MIL



TRÊS MILHÕES E DUZENTOS MIL PEREGRINOS

NA MISSA DE ENVIO,

A APOTEOSE DA JMJ
Sim, foi tudo grandioso, foi a segunda maior “Jornada Mundial das Juventude” já realizada, Reuniu pessoas de 180 países. Essa dimensão, no entanto, cresce ainda mais pelo carisma de Sua Santidade.

De fato, o Rio de Janeiro foi palco da exuberante simplicidade do Papa Francisco. Ele aproveitou para afirmar sua disposição reformista, porém, sensata. Foi ecumênico sem desconsiderar os interesses da Igreja. Foi amoroso sem descuidar da admoestação àqueles que fraquejam nas virtudes apostólicas e sem qualquer tibieza na crítica aos erros cometidos no seio da vida eclesial.

Não ficou nisso. Declarou enfático que os jovens têm dentro de si a força vital, indômita da saudável rebeldia. Foi avante,  ousou e não se desgarrou dos valores  católicos. Beijou contrito a imagem de Nossa Senhora Aparecida e, pouco tempo depois, rezou a oração do “Pai Nosso” em uma pequena igreja da “Assembleia de Deus”, ao lado de dois pastores e dos fiéis.

O país ainda vive a emoção da presença recente Francisco. Mesmo em cidades geograficamente distantes como Recife a ressonância dos eventos da “28ª Jornada Mundial da Juventude” é palpável.

A juventude que foi até lá, ou que acompanhou virtualmente as missas, a “via sacra”, a vigília nunca mais será a mesma. Um megaevento desta dimensão, com o conteúdo pujante e renovador, toca sentimentos e catalisa atitudes. Não há como abafar ou esconder o que começou a acontecer: a Igreja Católica e, por extensão, o cristianismo começa a se revitalizar.

O papa, que não fica dentro de “uma caixa de vidro”, não teme ser polêmico e também, recusou a oficialização de sua presença como chefe de estado no Brasil. Ele veio como evangelista, como líder e a Cúria, bem orientada, disse não a propostas de acordos com rótulos  de políticas social feitas pelo governo brasileiro, que foi tratado com respeitosa distância.

E finalmente, quero expressar minha alegria pela revelação feita por Francisco de que é devoto de Sainte Thérèse de Lizieux. É de muito bom augúrio. Temos um papa que é jesuíta de formação, franciscano por opção onomástica e admirador de uma santa carmelita jovem (morreu aos 24 anos), que pregava o primado do amor.

Resta desejar um longo e profícuo pontificado a Francisco. O mundo precisa de sua palavra e de sua atitude.

Recife, 30 de julho de 2013

Marcelo Cavalcanti

www.politicamenteatrevido.blogspot.com

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