OS
“BLACK BLOCKS” SE DIVIDEM
em três grupos
A identificação ideológica aparece discreta nas bandeiras vermelhas sem inscrição
A provocação à polícia
A escolha de alvos midiáticos com simbologia cultural
Esse apelido foi dado a grupos
mascarados, em geral, vestidos de preto e de comportamento violento, agressivo,
muito ativos e particularmente voltados para a destruição de equipamentos
públicos e privados, que tenham a simbologia do poder ou do capital. Notadamente,
agem como meio de provocar a reação e consequente enfrentamento com a polícia.
Eles se dividem em três grupos:
os aproveitadores marginais, os infiltrados (a serviço de grupos, supostamente,
de esquerda do próprio círculo do poder), e ainda, os delirantes ultra radicais.
Os aproveitadores marginais são
contingentes de fora do movimento em ação nas ruas. Pouquíssimo ou nada têm a
ver com as bandeiras erguidas pelos manifestantes. Vão para lá, literalmente, se
aproveitar do vácuo de ordem pública para praticar a violência gratuita,
banalizada e efetuar saques, assaltos, roubos, etc. São, em geral, alheios às motivações
sócio-políticas e, apenas, as mimetizam para melhor se camuflarem e passarem a
imagem de simples jovens rebeldes.
Os infiltrados são um contingente
pequeno, cerca de dez por cento dos, assim, chamados de “black blocks” e agem a
serviço de forças políticas ligadas ao poder e também, por conta de esquemas de
serviços de “inteligência” da polícia, ou mesmo, são agentes militantes de
partidos radicaloides (alguns clandestinos) ligados politicamente ao governo.
Alguns se despem, ou não, de suas siglas pra incitar a violência e promover a
antipatia e rejeição por parte da opinião pública perante os movimentos de rua,
que deste modo, tendem ao esvaziamento. Eles direcionam as ações para alvos
mais midiáticos, que causem maior dano à imagem do movimento dos manifestantes
perante a opinião pública.
A lógica é simples e eficiente:
radicalizar para isolar e, assim, enfraquecer.
Por último, encontram-se os
ultra radicais sem noção, que imaginam reviver os badernaços ocorridos em
Londres, Paris, Madrid, etc. Desta maneira, é como se assim praticassem uma
forma “romântica” de violência. São ideologicamente colonizados e, desta forma,
tornam-se ridículos, sendo instrumentalizados por aqueles a quem julgam
combater e, ainda, prestam-se ao papel de biombo para a ação de reles
marginais.
Os “black blocks” são uma excrescência
produzida pela degradação dos movimentos de rua de junho, que acordaram o país,
despertaram a opinião pública para a possibilidade e viabilidade de serem
protagonistas da ação de busca de seus desejos, sonhos e direitos.
Necessário é, que seja
discutido e denunciado este processo, onde, a principal vítima é o próprio povo vilipendiado pelo dramalhão violento de agentes
provocadores.
Recife,
05 de novembro de 2013
Marcelo
Cavalcanti(81)97046806
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
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