sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

COMEÇA A SE DESENHAR O FIM
DA "REPÚBLICA DOS COMPANHEIROS"

Com a definição do Governador Aécio Neves em se candidatar ao senado, fica livre o caminho de Serra para deslanchar rumo à liderança das oposições e ter chances mais substanciais de vitória no embate eleitoral do próximo ano.

São quase oito anos de rasgões no tecido da concórdia democrática. Sem querer entrar na discussão de méritos e deméritos das ações executivas neste período, não podemos deixar de lado a crítica ao comportamento institucional, à compostura daqueles que fazem o governo como mandantes do país e representantes do Brasil perante o mundo.

De fato, nunca presenciamos tanta arrogância classista, tanta prepotência ideológica. a tudo se justifica porque o Presidente é de origem operária; a tudo se fecha os olhos porque a intenção seria resgatar os mais miseráveis. Um ideário maquiavélico que apela para a sensibilidade filantrópica de segmentos da classe média. Ou seja, pieguismo social muito bem, maquiado para consumo de massas.

Em contraposição a esse projeto de "república dos companheiros", que blindou o governo com um núcleo de sindicalistas e militantes à esquerda, que assim sacralizado, fez alianças fisiológicas de toda ordem, causando surpresas à opinião pública, este contraponto ganha corpo em seu novo propósito.

Assim sendo, agora estabilizado no índice de 41% nas pesquisas e sem concorrência interna, o Governador José Serra tem o espaço necessário para ampliar as articulações, que poderão fortalecer sua muito provável candidatura. De saída, ele tem a característica de ser, até o momento, a única pré-candidatura que não tem perfil de matiz ideológico radical nem serve de mastro para uma bandeira temática isolada. Serra é de origem familiar humilde, seu pai era feirante, mas, seu projeto político não é uma extensão do seu umbigo original; é o único que tem como proposta e poder a restauração da plena vigência da democracia representativa plural, onde a isonomia seja um princípio e não um estorvo a ser suplantado e desfeito por medidas populistas demagógicas, que de modo insidioso criam o substrato social que sedimenta a autocracia popularesca.

A construção da unidade das oposições, respeitadas as suas saudáveis diversidades, é sinal de Feliz Ano Novo para o Brasil.

Post Scriptum: Parabéns Governador Aécio Neves pelo gesto de grandeza política e desprendimento. A História reconhecerá a inteligência de sua atitude.

Casa Forte, 18 /12 /2009
Marcelo Cavalcanti
81-92482399 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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