segunda-feira, 12 de julho de 2010

“MENS SANA IN CORPORE SANO” II

- Desde quando isso tem sido real?

Quem não se lembra do acidente com o atleta Edmundo, onde jovens morreram por causa da embriaguez irresponsável do jogador? Recentemente, vimos atônitos imagens do famoso Adriano fazendo gestos de figuração de uma sigla criminosa. É apologia à prática de crime agravada por se tratar de personalidade que serve de referência (em princípio) para gerações jovens. Os escândalos se sucedem e agora assistimos o relato da barbárie envolvendo o goleiro Bruno, que repugna toda a população.


O legendário Barão Pierre de Coubertin execraria estas misérias, mas, convenhamos, o pisão desleal de Felipe Melo, que envergonhou o mundo é apenas a mínima ponta do iceberg.


Jovens atletas profissionais, imaturos, mal formados culturalmente, com escolaridade deficiente são lançados na roda da fortuna com todas as conseqüências de assédio, acesso a consumo delirante, abertura para liberação de compulsões como jogo de azar, alcoolismo, drogas e... porque não dizer, sexo. A riqueza, assim como, a velhice não nos torna melhores. Apenas, acentua o que sempre fomos, ou, nos propúnhamos a ser. Tudo isso acrescido da fama, ego super-mimado, etc.

Bem, os resultados estão nas manchetes dos jornais.


Agora, a opinião pública vira o rosto enojada pelo requinte bestial com que foi perpetrado o assassinato de uma modelo freqüentadora de festinhas de jogadores, também chamadas de festinhas “de chuteiras”. A narrativa policial empalidece o roteiro de clássicos do cinema macabro como “Hannibal” e outros.


Não pretendemos julgar ninguém. Esta postagem tem o interesse, sim, de sublinhar, de chamar a atenção para os perigos e riscos da prática esportiva alienada da formação familiar, com ênfase em decência e respeito humano e de uma razoável educação escolar. E aí, já se trata de política pública. Algo que vai além de levar vantagem com programas sociais populistas. Afinal, essa história de “levar vantagem” lembra a “lei de Gerson” nascida de um anúncio de cigarros nos anos 70.


Assim, fica a lição de que “lei de Gerson” em políticas públicas e em particular, em Educação, é um desastre. Nas próximas eleições observe a prática de seu candidato. Se encontrar traços, vestígios de “lei de Gerson” negue a ele o seu apoio e voto. Meça seu voto pelos valores e não pelas insinuações de um velho anúncio de tabaco.


Vamos adotar o princípio de “mens sana in corpore sano” para o Brasil. No mínimo, teremos menos apologia pública ao crime e horripilantes crônicas policiais contando de humanos desossados e lançados aos pedaços para os cães.


Casa Forte, 12/07/2010
Marcelo Cavalcanti
(81)92482399 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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