QUEM QUER, SABE PORQUE

- O poder é como o sexo, não dá pra fazer sem tesão. Pode se tornar perverso

Perguntaram um dia desses à candidata de Sua Excelência, porque ela queria ser Presidente da República e ela não soube responder.

O fato ocorreu numa entrevista ao jornal “o Globo”. Tudo foi documentado. O esquadrão de boateiros da esquerdalha orgânica não pode sair por aí, dizendo que é mentira de uma certa “direita” e inventar mais uma “teoria da conspiração”.

De alguém que passou sete anos e três meses como titular de Ministério não se pode afirmar que não sabe o que é o poder. Todavia, mesmo assim, ela não soube responder por que pretende ser a Presidente deste país. Humildade? Sabe-se que não. Principalmente, em se tratando da mesma pessoa que se caracteriza por ser a super-gerente autoritária pelas instâncias onde passou.

Bem, no sexo, a realização sem motivação mútua é sintomática, beira o transtorno comportamental. E o poder sem motivação específica, mas, exercido de modo autoritário? Que se pode dizer disto?

Porém, deixemos de divagações sobre teorias do comportamento. Os fatos são simples: alguém postula o mais alto cargo do país, no entanto, não sabe dizer ou explicar porque em uma entrevista de jornal.

Pode-se imaginar propostas radicais, esdrúxulas de todos os matizes para uma política nacional. Uma democracia respeita a todas, exceto, as que pretendem suprimir a própria democracia. Agora, não ter nenhuma, trocar de “programa de governo” três vezes; não saber por que quer chegar lá, isto sim, é preocupante.

Afinal, quem diz que quer, mas, não diz por que, - o que é que quer mesmo??...

Marcelo Cavalcanti
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Casa Forte, 19/07/2010