sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O SOM QUE VEM DAS RUAS É

“JINGLE BELLS” COM SOTAQUE CHINÊS

Enquanto a nova corte se forma em uma renhida disputa por vagas e espaço, o resto do país anda frenético pelas ruas e lojas preparando as festas de fim de ano.

A rigor, não havendo acidentes de percurso, somente depois do carnaval, as atenções da opinião pública voltam ao que chamaríamos de normalidade.

O governo, entre reuniões e eventos, com acordos e sutis desacordos, com bravatas e despedidas, prepara a troca de guarda. Neste tempo, a oposição procura um caminho. Reduzida no espaço parlamentar e frustrada nas expectativas políticas mais imediatas, ela se divide entre os segmentos que buscam construir um projeto de ação combativa, articulada e alguns expoentes, que se sentem desconfortáveis com os insucessos recentes e deixam aflorar o desejo de adesão de motivação “fisiológica”. É a velha frase de um ex-deputado pernambucano, que eleito em 2002 por uma legenda que se tornou de oposição, antes mesmo da posse transferiu-se para a base do governo, sendo agraciado com generosos espaços. Na ocasião, ele declarou acintoso: “óculos escuros, sapato branco e ser oposição só fica bem nos outros”.

A este clamor de caráter é possível replicar que coerência, lealdade e perseverança dão credibilidade e podem até premiar com vitórias posteriores. Mas, não percamos tempo com o lixo moral que dá nem para ser reciclado.

A todos que pensam, sonham e aguardam tempos mais felizes, fica aqui uma observação: acompanhem a trajetória do recém eleito senador Aécio Neves. Ele tem carisma sem ser messiânico; gosta do que faz e tem projeto político.

As arrumações políticas terão novas acomodações e feições, porém, somente após a páscoa começarão a se revelar com nitidez.

Por enquanto, ficam as luzes de sons das bugigangas “made in China”. O Natal se aproxima.

Casa Forte, 10/12/2010
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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