terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

LIÇÕES DE COMO FAZER UM PAÍS SÉRIO

Nesta semana que passou, o gasoduto que abastecia Israel e Jordânia foi alvo de sabotagem e virou um maçarico no meio do deserto da península do Sinai. Todavia, a população israelense não sofreu um só minuto de falta de energia, abastecimento de gás e outros efeitos correlatos.

Nesta mesma semana finda, uma cartela eletrônica sofre uma pane e oito estados do Nordeste são abatidos por um pagão que chegou a durar mais de seis horas em algumas localidades.

Os israelenses não têm um leque amplo de fontes alternativas de energia. Eles, literalmente, se viram para dar conta de um país com índice de desenvolvimento humano e tecnológico alto. Vivem em permanente estado de beligerância com vizinhos hostis, mas, mesmo assim mantêm uma base de prosperidade e oferta de qualidade de vida exemplar.

Enquanto isto ficamos por aqui, a mercê de justificativas absurdas, cínicas perante os apagões que nos atingem. Uma vez o sinistro é atribuído a raios atmosféricos, de outra vez, a responsabilidade é do crescimento atípico de uma árvore e, desta última vez, sem tempestades e sem arbóreos insólitos, o apontamento da culpa se voltou para um objeto inanimado. Uma indigitada cartela eletrônica, que por artes do “imponderável”, entrou em pane e aí, uma área territorial onde caberiam folgadamente mais de uma dúzia de Estados de Israel, fica às escuras, sem um “watt” sequer de energia elétrica.

A comparação é pertinente e quase inevitável. Resta aprendermos a lição.


Casa Forte, 08/02/2011
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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