domingo, 24 de julho de 2011

A SOLIDÃO DO PODER COMENTADA
A Presidente Dilma Roussef, declarou em entrevista a um jornalista da Globo, que ainda não havia experimentado a tão propalada solidão do poder, mas, segundo suas palavras, apenas das decisões. O raciocínio da Sra. Presidente é quase silogístico. Construtivamente (...!) então, aflora um irresistível ímpeto de comentar:
A solidão do poder não é apenas um sentimento ou emoção subjetiva. Ela é real, concreta, objetiva. Trata-se de uma característica intrínseca ao processo de comando. Quem governa pode e deve buscar a companhia de bons assessores e delegar funções aqueles, que por sua nomeação, vêm a ser ministros. Todavia, os atos originários e supremos são indelegáveis. Assim como, as consequências dos mesmos. Por mais congressual que seja um regime político (e este não é o caso do Brasil), o chefe de governo tem sob seus ombros o peso da ação executiva pela qual responde. Deste modo, a aparente (isto sim) sensação de solidária fraternidade “inter pares”, que pode acometer a um governante é ilusória. Neste sentido, convém lembrar que um presidente da república, ao contrário de um primeiro ministro, não é um “primus inter pares”, porém, um detentor de mandato pleno a ele (ou ela) concedido por meios eleitorais, que podem ser diversos.
Portanto, não há como se esquivar desta solidão política, que rebate no peito como um “desamparo” perante os desafios que se apresentam de modo inesperado, ou mesmo recorrente. Faz parte do ofício.
Casa Forte, 25 de julho de 2011
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 – cavalcantimarcelo1948@hotmail.com

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