segunda-feira, 8 de agosto de 2011

HEREDITARIEDADE POLÍTICA

TEM SUAS MUTAÇÕES


No seu oitavo mês de governo, ao ser avaliada pelo Datafolha, nos dias 04 e 05 últimos, obteve 48% de aprovação, sendo que 52% entre os de menor escolaridade, até o ensino fundamental, o que demonstra a força dos programas de transferência de renda e, com 8% menos, ou seja, 44% entre a parcela dos que possuem 3º grau. Comparando com índices de março para cá, observa-se uma certa estabilidade (47, 49, 48%), embora não seja um patamar confortável para primeiro ano de mandato. No entanto, deve ser notado, que este governo já nasceu velho e é fácil entender este comportamento de pouca mobilidade na visão popular. Por um lado, não se destaca uma agenda afirmativa, que marque novidade de ação executiva, por outro, os escândalos afetam pouco ou quase nada, de modo direto, perceptível, o bolso popular.

Índices inflacionários ainda não mexem de modo mais sensível na “cesta básica”. Por enquanto, a classe média é quem paga a conta da farra de crédito fácil, da bolha de demanda, etc. Mas, como é costume se afirmar em Wall street, “no free lunch”, em bom português, “não existe almoço grátis”. As gracinhas irresponsavelmente populistas do “lulismo” são pagas pela parcela mais produtiva da sociedade, aqueles que são economicamente mais eficientes e pagam impostos diretos.

A inflação (com previsão de 8% para este ano) é a maneira mais perversa de tungar a carteira de toda a população e, principalmente, dos mais pobres. Todavia, com a referenciada “cesta básica” e os combustíveis subsidiados por isenção ou renúncia fiscal e mesmo recalque de preços, alguns efeitos podem ser, por algum tempo, protelados.

A blindagem política do governo começa a dar sinais de fadiga de material. Agora, a bola da vez é o Ministério da Agricultura, que perdeu o diretor da CONAB (irmão do líder do governo no senado) e o Secretário Executivo.

Sem carisma marcante e havendo redução de esperanças e expectativas, tende a se aprofundar o desconforto e a frustração daqueles que ainda acham “regular” a gestão atual.

Um olhar mais atencioso encontrará um encurtamento da espiral de “DNA”. Porém, a evolução do quadro leva a especular sobre uma possível neoplasia política.

Casa Forte, 08 de agosto de 2011
Marcelo Cavalcanti
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