domingo, 20 de novembro de 2011

A GANÂNCIA E O DESASTRE AMBIENTAL



- “Chevron” polui o mar: olho vivo no governo e Petrobrás -

Ao contrário de outras áreas de atividade, onde é possível escamotear os danos ambientais com números, estatísticas e interpretações maquiadas, prospecção e perfuração de poços petrolíferos, quando dá errado, não é possível inventar que a mancha de óleo surgiu por geração espontânea.

A “Chevron”, empresa americana que atua sob contrato de risco para a exploração de petróleo no mar, cometeu erros por açodamento e irresponsabilidade técnica e o derrame de óleo se espalha com prejuízos evidentes e graves para o meio ambiente e o patrimônio natural da região. Este é o fato. Os motivos devem ser buscados na ganância por produtividade e economia de custos, coisa comum em empresas movidas pela lógica imperativa do lucro máximo, que como tais, deviam ser mais fiscalizadas no cotidiano de suas atividades e nos detalhes da execução das garantias e qualidade técnica do projeto de engenharia. Assim, não basta multar e exigir reparação total das desastrosas ocorrências e seus desdobramentos.

É necessário que se investigue o nível de rigor , ou de frouxidão, das cláusulas contratuais, bem como, o modo de realizar o acompanhamento e fiscalização dessas atividades concedidas a terceiros.

É aí, que entra o papel de grupos independentes da sociedade civil, fiscalizando, pesquisando, observando a açã, nã apenas, das permissionárias, mas, sobretudo, das atitudes do poder concedente, através de seus prepostos, tais como, IBAMA, Petrobrás (que tem o monopólio da atividade), Delegacia de Meio Ambiente da Polícia Federal, agências reguladoras, etc.

Ganância e desastre ecológico, eis um binômio de frequência constante. Agora, olho vivo na reação do governo e da estatal Petrobrás, que é a empresa concedente e contratante.

Casa Forte, 20 de novembro de 2011
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com
http://www.politicamenteatrevido.blogspot.com/
Um blog pela liberdade e pela democracia com preocupação ambiental além da fome por divisas e seus dividendos políticos.

Um comentário:

  1. A ANP é a agência reguladora que cuida desta área em questão. Ela é dirigida pelo ex-deputado federal Haroldo Lima (PCdoB - BA). Atenção, muita atenção para o comportamento da ANP neste caso.

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