quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UM, DOIS, TRÊS...

QUANTOS MAIS VÃO CAIR NO PRIMEIRO ANO?

Pior, de todos, apenas um (Nelson Jobin) saiu por divergência política. Os demais estavam sufocados em um tsunami de acusações. Um lamaçal borbulhante e não menos fedorento. Empreiteiras, ongs, “laranjas”, uma variedade de vetores para roubo, corrupção, peculato, associação para a prática de ilícito penal, formação de quadrilha, etc.

Não basta afirmar que não aceita “mal feito”. É preciso por termo a este festival de desmandos e pilantragens que se faz dentro de gabinetes, nos corredores executivos mais soturnos e até em garagens de residências ministeriais.

Tentar suplantar e apagar estes fatos com uma agenda positiva, pré-fabricada, é como tentar barrar uma enxurrada com montinhos de terra solta. Um exercício de ficção política que quase beira às extravagâncias dos romances de realismo mágico.

O cocho onde comem com tanta gula, anda farto à custa de achaques, propinodutos e “laranjas”. Uma atividade intensa, ainda que imprópria para a uma saudável vida republicana. O apadrinhador e defensor pontual dos, ainda, ministros e ex ministros acusados pelas leviandades abomináveis, que, agora, são convidados a sair, convalesce entre os louros da condescendência piedosa, livre de críticas ácidas. Afinal, quem ousaria subir o tom perante um homem nestas circunstâncias? Aliás, este mote, “quem ousaria” de repente, aparece como solução fácil para impasses políticos. É o carisma a serviço da unidade da “companheirada”. Mas, chega de tergiversar.

O fato, melhor, os fatos são os episódios recheados de dramalhão do tipo: “sou indestrutível”, “vou até o fim”, “não jogo a toalha”, que vão teatralizando as vésperas das sucessivas quedas ministeriais. E alguns bradam de olhar clamante, que a culpa é da mídia. Tem até militante deslumbrado, que imagina um complô engendrado pelos interesses ocultos dos que são chamados de “barões” da grande imprensa. Quando se quer acreditar, qualquer desculpa serve.

Fica a lição, recomendada a séculos por Maquiavel, de que o conserto do “mal feito”, deve ser radicalmente bem feito.

Casa Forte, 09 de novembro de 2011
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627 - cavalcantimarcelo1948@hotmail.com
http://www.politicamenteatrevido.blogspot.com/

Um blog pela liberdade, pela democracia e pela radicalidade ética do fazer bem feito.

EM TEMPO: O ainda ministro Lupi declarou, ontem, em entrevista coletiva, que sósai a bala (!!...). Além de bravateiro e arrogante, o Sr. Carlos Alberto Lupi foi descortez e petulante com a Presidente da República. O cargo pertence a ela. Ele apenas, ainda, o ocupa, apesar dos arroubos insolentes.

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