A IGREJA NÃO VAI VIRAR UMA “ONG” CARIDOSA
Seria uma rendição inglória
perante a pressão dos “relativistas”, de alguns esotéricos contemporâneos, dos “crísticos”
(que veem Cristo como um avatar), de todos os descomprometidos com o credo
cristão.
Também, existem ainda
tendências assembleístas disfarçadas que pedem a hipertrofia dos sínodos e das
conferências nacionais e continentais de bispos. Isto seria a diluição da
unidade monolítica e da autoridade central da Igreja consubstanciada no Papa. É
como se o pontífice renunciasse parcialmente à sua legitimidade episcopal. Seria
a “luteranização” da Igreja. Tais correntes pregam a desconstrução da Igreja
Católica. Sempre que há uma crise midiática ou início de um pontificado, estes
grupos de opinião vêm à tona e buscam fazer pressão de fora pra dentro da
estrutura eclesial.
Sua Santidade Francisco conhece
de perto os descaminhos das teologias supostamente reformadoras e até autodenominadas
de “revolucionárias”. Mas, os fatos indicam que teremos, como já começamos a
ter, um pastor, um verdadeiro guardião do rebanho cristão.
Em plena quaresma, o mundo
presencia lições sucessivas de humildade apostólica, bem como, de fervor
didático jesuítico. Ontem, a pregação da misericórdia e do perdão de Deus, em
um sermão dominical, consoante com o espírito quaresmal, foi um gesto pastoral
pleno de significado. Aguardemos as próximas homilias pontificais.
Ansiosos, mal podemos esperar. Sua
Santidade foi de uma eloquência magistral quando exortou os católicos
a se implicarem e se voltarem para a imagem de Jesus Cristo – pelo viez
canônico, é claro.
Recife,
18 de março de 2013
Marcelo
Cavalcanti
(81)93195627
“Post
Scriptum”: O novo pontífice tem a têmpera jesuíta e, resolutamente, cinge-se
com o hábito franciscano. Como tal, ele está armado para a defesa política da
Igreja e também, preparado para reafirmar seus valores fundamentais, pelo
caminho de “confessar Jesus Cristo” e
vê-lo fraternalmente, franciscanamente, no próximo.
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