As razões totalitárias e o caminho da perdição

A LÓGICA DAS RAZÕES TOTALITÁRIAS



- Ou você pensa como eu, ou você é um idiota, ou na melhor das hipóteses, está errado –

Assim é o discurso totalitário. É deste modo que se identifica o “dna” da exclusão moral. Quando alguém afirma algo que está fora dos seus postulados  pessoais, ou particulares, não há salvação, e pior, não raro, tenta “legislar”, transformando tal visão pessoal sobre a vida e o mundo em um dogma absoluto, que não dá direito a réplica, aí, a semente está germinando.

A tolerância, a busca e o aprendizado do convívio com quem é ou se mostra diferente, isto sim, pode ser um antídoto ao vírus totalitário.

Quando não correspondemos à expectativa do “politicamente correto” nos tornamos automaticamente suspeitos. Em um primeiro momento, não somos, ainda, marcados pela exclusão. O estigma sutil atende pelo nome de “suspeito” e como tal não obedece à razão cartesiana de provas demonstráveis. São suposições e ilações, frequentemente, sofistas, que dão feição, fisionomia própria.

A lógica totalitária não tem lógica, tem (isto sim) analogias arranjadas na razão direta de suas aparentes semelhanças.

A salvação para esses desastres políticos, ideológicos e comportamentais está em que a ideia de salvação é por si mesma uma trilha de perdição.  E lá no final, o mundo fica escuro de uma cor qualquer ou, provavelmente, sem nenhuma.

Recife, 23 de abril de 2013

Marcelo Cavalcanti
(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com