quinta-feira, 18 de abril de 2013

DEMOCRACIA, UMA DISCUSSÃO EDIFICANTE

DEMOCRACIA, UMA DISCUSSÃO EDIFICANTE EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA
A propósito da crise venezuelana
 
O finado Churchill dizia que apesar de todas as imperfeições não conhecia uma forma de estruturação politica do estado melhor que a democracia. Cá pra nós, em nome dela já se disse tudo e um pouco mais.

Os gregos chamavam de democracia a um sistema de voto direto e frequentes ditaduras por poder delegado (vide:Péricles, Licurgo, etc.) de uma só classe: a aristocracia , assim, nomeada por acúmulo de riqueza agrária. Comerciantes, escravos, imigrantes viviam em total obscuridade politica.

Não pretendemos fazer aqui um roteiro histórico da democracia através das eras, mas , citamos o caso grego porque é comum toma-lo como modelo para idéias de sufragismo plebiscitário, que quase sempre acaba em tiranias justificadas por popularidade de massas ascensão por via eleitoral. O exemplo mais clamante foi o de Hitler. Todavia na América Latina convivemos com o surto de continuismos que buscam a indulgência da opinião pública das nações com argumentos eleitorais plebiscitários.

Isto é lamentável, porém, é um vício de origem entranhado na genética histórica de muitas dessas repúblicas. O herói Bolivar não admirava a democracia e tão pouco valorizava a instituição
do parlamento. Na verdade, sempre agiu como um cesár insurgente, um caudilho que se sacralizava pela ação de libertar colônias do jugo espanhol.

Linhagens de militares caudilhos com apelos populistas povoam a trajetória de nações latino-americanas. Recentemente, civis também enveredam pela senda da imposição de autoritarismos justificados por supostos ideais revolucionários ou por um ´poder outorgado por sufragismos plebiscitários. Parece isonia, mas, em Roma o império começou de fato assim, quando Otávio, que se autointitulou Augusto e se fez coroar ditador vitalício ante a complacência e cumplicidade de um senado coagido e debilitado, contando com a aclamação estrondosa das massas plebéias.

Pois é, em Roma como hoje populações miseráveis alimentáveis por massivas distribuições de cereais, ou, em exemplo atual, programas de assistencialismo com títulos diversos sustentam os aplausos das multidões.

A democracia representativa moderna sofre e se desvirtua com esses atentados que chegam ao desplante de justificações classistas, o que contraria frontalmente princípio de república democrática moderna.

Ditadura populista em nome de heróis e mitos nunca. Sou republicano e democrata. Vamos discutir agora para não lamentar depois.

Recife, 19 de outubro de 2009 / 18 de abril de 2013
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627
www.politicamenteatrevido.blogspot.com
 

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