terça-feira, 4 de junho de 2013

OS DOIS BRASÍS DE 2013


OS DOIS BRASÍS DE 2013
 

Existem duas leituras da situação e projeção socioeconômica do país. O PIB não deslancha e não dá sinais de que teremos  crescimento significativo. A conjuntura pede combate à inflação que está alta e pede controle de câmbio. Com estas duas questões em pauta fica difícil incrementar um política de fomento ao desenvolvimento, que vá além de discursos e medidas pontuais.

Mesmo assim, o governo aposta em controle inflacionário e crescimento econômico, com ampliação da inclusão social, assim, tudo junto, simultaneamente. É fantasioso, mas, a oratória aceita quase tudo. E assim é montado o argumento de mais um mandato para a presidente atual.

De outro modo, a constante inflação de quase sete por cento e o PIB em disfunção erétil crônica são fatores, que aliados a uma exigência de câmbio sob tutela e uma política fiscal pesada, não ajudam em nada a mudança de um quadro crítico. Tem mais, tudo isto empurrará para cima a taxa de desemprego a médio prazo.

Programas de transferência de renda têm limites e somente estimulam  o consumo de produtos básicos. A economia nacional mostra cansaço com o modelo de consumo usado nos últimos dez anos. Crescimento sem contínuo aumento de produção é “voo de galinha”. A China já não compra tantas “comodities”. Vamos exportar pra onde  com este “custo Brasil” e um Mercosul minado por políticas protecionistas?

Existe uma leitura de um Brasil onde o otimismo faz parceria com milagres ideológicos e populistas.
Assim como, existe outra análise que aponta para riscos e apreensões  em um quadro, precipitadamente pré-eleitoral.

O resultado é fácil de ser previsto. O Brasil, afinal, é um só. Trata-se de prepara-lo para ser melhor amanhã, com menos frases de efeito e mais proposições consistentes que apontem para uma economia afluente e uma sociedade progressista e saudavelmente sustentável.

Recife, 04 de maio de 2013
Marcelo Cavalcanti
(81)97046806
www.politicamenteatrevido.blogspot.com

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