TODA AUSÊNCIA É PREENCHIDA
À falta de polarização de bandeiras desta sequência de mobilizações, que toma
conta do país, entra em pauta a proposta do governo.
Já
agora, UNE e UBES começam a ocupar espaços. É a reação das siglas “chapa branca”.
O ex presidente Luiz Inácio se reuniu com o pessoal e deu a ordem: - ir para as
ruas.
O
que não pode ser detido vai, agora, ter a competição diversionista. Vão roubar
as bandeiras reivindicatórias para, em seguida, afastar as mais inconvenientes
da agenda política.
Portanto,
quando virem convocações do MST, Movimento Sem Teto, UNE, UJS (sigla juvenil a
serviço do PCdoB), etc., podem saber que ali está a mão do poder, dos
interesses do Planalto.
Quem
não se lembra da tática do punguista que ao se ver perseguido, corre, aponta
para um ponto vago à frente e grita “pega o ladrão!” e aí, consegue se fazer
passar por mais um perseguidor do meliante procurado? Pois é, só há uma saída:
as centrais, federações e sindicatos, ainda independentes, tomarem a vanguarda
do movimento.
Assaltar
o movimento da massa espontânea é tomar sorvete de criança. Portanto, se não ficarmos
alertas, as mobilizações vão ser manipuladas e podemos ter um resultado
semelhante ao bolivarianismo venezuelano, que começou com marchas contra a corrupção e deu no que deu.
Vamos
para a rua sim, porém, de olhos bem abertos. A sombra da tentação totalitária
está mais presente do que conseguimos perceber.
Recife, 27 de junho de 2013
Marcelo Cavalcanti
(81)93195627
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