PMDB E PT
UMA ALIANÇA ESGARÇADA
Frequentemente
é atribuída a Ulisses Guimarães, a frase que diz: “não devemos ter inimigos tão
radicais que não possam se tornar amigos, nem amigos tão próximos que não
possam vir a ser inimigos.”
Não
saberia atestar a veracidade da autoria atribuída, mas, de todo jeito, o PMDB
aprendeu direitinho a lição. Sabe que não é e nunca foi amado pelos petistas,
porém, vem usufruindo do acordo que o coloca
como partícipe do poder, de modo inteligente, agindo com sagacidade no
sentido da manutenção dos espaços políticos e da prospecção do futuro.
Sendo
um partido de quadros muito experientes, com vastíssima coleção de folhas de
vida pública muito bem sucedida, o PMDB está mais que alerta. Hoje, o segundo maior
partido do país, ainda está, formalmente na chamada “base aliada” por conta de
exaurir as benesses de “sócio” do governo da república e, também, por conta da
vulnerabilidade política do governador Sérgio
Cabral, o que obriga o PMDB do Rio de Janeiro a se mostrar defensivo.
Nunca
existiram substanciais afinidades de ideário, ou, complementariedade de
interesses nos estados. Portanto, trata-se de casamento com divórcio marcado.
O que,
agora, ocorre é apenas o jogo de cena de um casal que já não se ama. Agosto
reserva novidades pouco auspiciosas para o governo e, em particular, para o PT.
A base congressual está rota e não suporta maiores remendos.
Os
demais partidos da coalizão governista já ensaiam novos acordos e novas
combinações com vistas às eleições do próximo ano.
É desnecessário
sublinhar a baixa popularidade deste governo. Tudo começou a desatar a partir dali.
O que cresce aos olhos do país é a iminência da ruptura dos dois maiores
partidos que compõem o governo da república. Não se trata de fazer exercício de
futurologia, mas, observar os fatos e por legítima indução, projetar os mais
prováveis cenários políticos nacionais.
Recife,
31 de julho de 2013
Marcelo
Cavalcantiwww.politicamenteatrevido.blogspot.com

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